19.11.08

hoje, contei pras paredes.

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"tinha suspirado. tinha beijado o papel devotamente. era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades. e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas. como um corpo ressequido que se estira num banho tépido. sentia um acréscimo de estima por si mesma. parecia-lhe que entrava, enfim, uma existência superiormente interessante. onde cada hora tinha o seu encanto diferente. cada passo conduzia a um êxtase. e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações."

2 comentários:

- detalhe aqui.