30.4.09

sobre a sabedoria:


-
respirou fundo. suspirou.
era tão grande, que nem cabia dentro de si mesma.

29.4.09

atemporal.


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porque hoje cabe um mundo dentro de mim.

28.4.09

vermelho.


-
e no espaço de cada batida desenfreada,
sentia o sangue pulsar nas veias.
quente. muito quente.

corriqueiro.


"quem só acredita no visível
tem um mundo muito pequeno."

caio fernando abreu.




-
porque é normal se sentir atropelado de vez em quando.

26.4.09

mundo bolha.


"meu ser é de faca
pão de flor."

caio fernando abreu.

-
quebrando paradigmas.

25.4.09

sem respiro.


"olha, sabe duma coisa que eu aprendi? o segredo do belo está aqui, oh. na sua cuca, no seu olho que realmente vê, dentro de você. se você souber olhar as coisas dum jeito mágico, tudo fica mais bonito."

caio fernando abreu.


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aquele descompasso sem ter fim que pulsa loucamente em cada poro em cada entre que faz mover que faz ser e então só assim se faz exterior se faz maior e é.

24.4.09

sobre o agradável:

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a lua. o frio. os quatro.
a música. o barulho. o ralo.
o sorriso. outro sorriso. abraço.
o porque. a razão. o agora.
outro. vejo. ignora.
o caminho. a parada. do lado.
a noite. o afago. o beijo.
quando tudo é muito cheio de sentido fica difícil de enxergar quando o simples faz parte fica complicado por si só quando o agradável predomina fica mais bonito de olhar.

23.4.09

sobre telepatias:

"e do outro lado do fio você me diz:
estou pensando tanto em você."

caio fernando abreu.

sintonia.


"eram bonitos juntos, diziam as moças.
um doce de olhar.
sem terem exatamente consciência disso,
quando juntos os dois aprumavam ainda mais o porte e,
por assim dizer, quase cintilavam,
o bonito de dentro de um
estimulando o bonito de fora do outro, e vice-versa.
como se houvesse entre aqueles dois,
uma estranha e secreta harmonia."



caio fernando abreu.

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harmonia entre os elementos.

22.4.09

sobre o que compõe.


"sei que depois de me leres é difícil reproduzir de ouvido a minha música,
não é possível contá-la sem tê-la decorado. e como decorar uma coisa que não tem história?"

clarice lispector.



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pura essência.

paradoxo.


"lava devagar o rosto na água do arco-íris. bebe seu chazinho de pétalas de rosa branca – amarela não, que dá azia. escova devagar as asas, pluma por pluma. só depois de bem bonita é que bate de leve na porta da nuvem ao lado."

caio fernando abreu.

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funciona assim:
delicadezas atrevidas.
sutilezas ousadas.
objetivo entrelinhas.
subjetivo escancarado.
contraposições balanceadas.
simples, por si só.
só escuta quem enxerga com os olhos do coração
e só vê, quem escuta com a alma.

20.4.09

nesta manhã, eu recomeço o mundo.


"por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum."

caio fernando abreu.




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coisas macias.

19.4.09

elegante.


" porque você não consegue ver além do chão, porque você acha que as coisas só tem um lado, esse que o seu olho sujo vê. você é exatamente igual a esse cinzentos todos que estão lá fora. a gente só consegue ver o que está dentro da gente. e você só consegue ver o sujo, o feio e o doente das coisas. tudo isso está dentro de você, na sua mente, na sua cuca. aqui. a sua cuca é que é feia, suja e doente. nada é horrível, nada é maravilhoso. o seu olho daqui é que transforma tudo. o seu jeito de olhar. o que acontece é que você ainda não aprendeu a olhar."

c.f.a


frames.

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absorção constante. conhecimento intenso. produção incansável.
charme absoluto. conquista enraizada. sentidos aguçados.
essência única. olhar direcionado. dedos com asas.
pensamentos metaforizados. inspiração alheia. apropriação desmedida.
inversão calculada. sorrisos escancarados. pequenas felicidades certas.
olho. fecha. abre. boca. solta. sentimento. guardei. guardado.

18.4.09

despretensioso.


"ando com uma felicidade doida,
consciente do fugaz,
do frágil."

c.f.a

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horinhas de descuido.

14.4.09

dentro das cores.



" o meu desejo de colorir borra a parede dele
com tinta fresca
asas imaginadas, pés fora do chão,
tudo muito branco de paz por dentro."

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eu queria morar em uma caixinha de lápis de cor.
cada dia, ia ser de uma cor.

13.4.09

fluidez.



"(...)quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão(...)"

baudelaire.

-
acho o tempo derretendo incrivelmente atraente.

8.4.09

atrás das cores.



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acordou branca. e um dia azul, com rajadas de preto.
intrinsecamente era vermelho.
e a sua volta, amarelo. escalafobético. e também muito laranja.
falava azul claro. e lia verde. entrelinhas, era muito rosa.
e tinha vontades roxas. e pensamentos beges.
e palavras prateadas e sentidos multicor.

5.4.09

é quando é sincero.

"comigo você falará sua alma toda, mesmo em silêncio. eu falarei um dia minha alma toda, e nós não nos esgotaremos porque a alma é infinita. e além disso temos dois corpos que nos será um prazer alegre, mudo, profundo."


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muitas conclusões cheias de sufixos.

4.4.09

atemporal.

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3:29h
m e m o r á v e i s.