19.8.10

as coisas mais incríveis acontecem lá no fundo.





abriu as janelas e as portas também. 
deixou a luz entrar 
e lavar tudo aquilo que andava frio demais. 
é que agora, 
ela não queria mais guardar.










é tempo de meio silêncio.





16.8.10

ir ao começo das coisas já é chegar ao fundo.







vai menina, levanta. 
sacode a poeira e abre os abraços. 
depois?

depois é sei lá.





e no rosto, um buquê de sorrisos.





5.8.10

com a calma e a clareza que tem.









para ser livre, é preciso amar o vazio.
 é que o espaço da liberdade é a ausência de certezas.








e um ar vitorioso de quem recupera sorrisos no final.

3.8.10

até florir de novo.






por dentro, era feito estrela que explodia no ar.
deixa brilhar.





2.8.10

Era como se os olhos quisessem segurar a lindeza do instante um bocadinho.

“ela é uma moça de poses delicadas, 
sorrisos discretos e olhar misterioso.
 ela tem cara de menina mimada, 
um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, 
um jeito encantado de ser, um toque de intuição 
e um tom de doçura. 
ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, 
uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. 
ela é intensa e tem mania de sentir por completo, 
de amar por completo e de ser por completo. 
dentro dela tem um coração bobo, 
que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. 
ela tem aquele gosto doce de menina romântica 
e aquele gosto ácido de mulher moderna.”
Caio Fernando Abreu