que 2011 seja macio, eu quero é paz!
11.12.10
começar é optar.
escolheu (a dedo) o short mais confortável.
sacudiu os cabelos, ainda molhados.
vestiu um sorriso e foi viver.
o céu estava lindo!
'A minha intimidade?
Ela é máquina de escrever.
Sinto um gosto bom na boca quando penso.'
Clarice Lispector
22.11.10
nos pequenos detalhes, em cada momento.
naqueles dias,
a felicidade nada mais era
a felicidade nada mais era
que a ansiedade
entre um suspiro e outro.
entre um suspiro e outro.
"Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho,
não se importando demais com coisa nenhuma.
não se importando demais com coisa nenhuma.
Felicidade se acha é só em horinhas de descuido.”
Guimarães Rosa
1.11.10
10.10.10
e golpes de fé irracional.
daquilo tudo o que mais gostava
era a certeza incerta da delícia do próximo instante,
a cada instante.
"e o próximo instante, eu sei, é quase lá..."
26.9.10
e, como se sabe, para sempre não acaba nunca.
às vezes, quando tenho uma tristeza,
a lua me namora mais de perto.
"a prova de que estou recuperando a saúde mental, é que estou cada minuto mais permissiva: eu me permito mais liberdade e mais experiências. e aceito o acaso. anseio pelo que ainda não experimentei. maior espaço psíquico. estou felizmente mais doida."
Clarice Lispector
14.9.10
quero entender um pouco.
ficar de coração leve é vida.
"às vezes, eu vejo até o riso contido do que não tem coragem de rir."
19.8.10
as coisas mais incríveis acontecem lá no fundo.
abriu as janelas e as portas também.
deixou a luz entrar
e lavar tudo aquilo que andava frio demais.
é que agora,
ela não queria mais guardar.
é tempo de meio silêncio.
16.8.10
ir ao começo das coisas já é chegar ao fundo.
vai menina, levanta.
sacode a poeira e abre os abraços.
depois?
depois é sei lá.
e no rosto, um buquê de sorrisos.
5.8.10
com a calma e a clareza que tem.
para ser livre, é preciso amar o vazio.
é que o espaço da liberdade é a ausência de certezas.
e um ar vitorioso de quem recupera sorrisos no final.
3.8.10
2.8.10
Era como se os olhos quisessem segurar a lindeza do instante um bocadinho.
“ela é uma moça de poses delicadas,
sorrisos discretos e olhar misterioso.
ela tem cara de menina mimada,
um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor,
um jeito encantado de ser, um toque de intuição
e um tom de doçura.
ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude,
uma solidão de artista e um ar sensato de cientista.
ela é intensa e tem mania de sentir por completo,
de amar por completo e de ser por completo.
dentro dela tem um coração bobo,
que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.
ela tem aquele gosto doce de menina romântica
e aquele gosto ácido de mulher moderna.”
Caio Fernando Abreu
28.7.10
somos assim, sonhamos o vôo.
foca e sente, laura,
que a vida é sagaz e gosta de jogar.
às vezes, laura, o jeito mais bonito de continuar é parar.
17.7.10
13.7.10
feito coisa feita.
das lições que a vida dá, aprendeu a mais bonita:
o que de dentro fora se vê, renova certezas.
12.7.10
a gente se orgulha por ser capaz de viver com mais leveza.
ao lado do tempo,
aprendeu a plantar felicidade.
aprendeu a plantar felicidade.
agora, cercada de pequenas alegrias,
recuperava sorrisos.
25.6.10
17.6.10
apenas me desenrolar
fechou os olhos. abriu os braços, bem equilibrados.
respirou fundo. segurou um pouco ar. e se deixou.
naquele momento, ela descobriu como era voar.
3.6.10
pois eu quero mais dessa maluquice.
dedos em v. tocava estrelas.
o que tá de sobra, a gente guarda na manga.
porque dentro, a gente guarda só o que faz sorrir.
22.5.10
sorte minha que nasci assim: vim ao mundo para sentir.
ficava ali, entre livros, sonhos, fotos, histórias, papeis e lembranças.
soprou o pó que cobria aquilo tudo.
ela tinha encontrado mais um de seus pedaços.
e fez-se inteira um pouco mais.
tudo o que queria agora, era desconstruir certezas.
6.5.10
e se enxergar por inteiro.
mas escuta, laura: o que de superfície vivo está, tristeza por demais tem em instante oco nada. é que o que enxerga só o quase tudo, vive satisfeito com o nada quase. aprende, laura, que o que a vida gosta de ensinar mora ali, nas entrelinhas dos dias. transformar o tempo em saudades que sabem sorrir, laura, também é fé.
deixa andar.
25.4.10
quando o transitório nos toca realmente.
os pesos, a gente vai pendurando pelas quinas de escolha.
é que flutuar no caminho, zé, é liberdade querendo despontar.
é que flutuar no caminho, zé, é liberdade querendo despontar.
12.4.10
o que não foi vivido perturbará.
ficou ali, de longe, observando toda aquela cena:
ela, de tanto querer olhar direções acabou perdendo seu foco.
e, sabe zé, monodireção é pequeninice.
ela, de tanto querer olhar direções acabou perdendo seu foco.
e, sabe zé, monodireção é pequeninice.
o que brotou ali,
naquela fração de tempo,
foi uma simultaneidade de sentimentos que não cabia em palavras.
do fio que tece diariamente,
somente o que cabia eram sentidos sem sentido.
compreende, zé?
naquela fração de tempo,
foi uma simultaneidade de sentimentos que não cabia em palavras.
do fio que tece diariamente,
somente o que cabia eram sentidos sem sentido.
compreende, zé?
5.4.10
esses caminhos que a vida tece.
cada frame de instante seu poderia ser decomposto
em milhares de partículas intensas amanhecendo.
o que era deveras urgente, ficou adormecido.
é que agora, ela mora no caminho.
"Chegar ao centro, sem partir-se em mil fragmentos pelo caminho.
Completo, total. Sem deixar pedaço algum para trás."
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
27.3.10
pequenas faxinas arrumando cantinhos “artísticos”
e uma mente toda feita de palavras,
que insistiam em brincar entre si.
21.3.10
"a gente precisa é saber criar espaço"
para a falta de tempo, gargalhada.
para as lágrimas, abraço.
para a dúvida, amigos.
para o cansaço, sorriso de filha.
para o desejo, seus braços.
para alegrias, pequenos cuidados.
para os caminhos, todos os passos.
para a vida, todos os traços.
porque a perfeição, é um vôo.
e a felicidade, expansiva.
7.3.10
um prazer quase indecente em estar vivo.
aprendeu a dança do tempo
e atrás do pensamento, fez morada.
28.2.10
seu ser de cada dia.
daquelas coisas que se aprende e leva no bolso,
esquerdo.
liberdade, beibe, liberdade é amiga do tempo.
27.2.10
24.2.10
a paz de estar.
mergulhava em cada centímetro daquele azul-querer-sem-ter-fim,
era assim quando se sentia um pouco mar.
traçava horizontes pela janela para ver o quanto podia esticar,
era assim quando soltava bolhas de pensamento.
mas naquele agora, só uma bolha rompeu brisa e deixou no ar o que de mais leve tinha:
hoje, sou muito mais árvore.
20.2.10
amanhã era amanhã.
levava com ela a estranha mania de sempre continuar a florir.
gostava de cultivar jardins.
16.2.10
14.2.10
toda essa simbiose.
todos os dias ele sentava no mesmo banco,
pensando que o acontecia ali era verão.
pensando que o acontecia ali era verão.
a certeza habitava cada centimetro de coração.
o que ele não sabia,
era que o olho dele seguia sempre para a mesma direção.
era que o olho dele seguia sempre para a mesma direção.
e que ali, era sempre outono.
mas um dia,
naquele mesmo banco,
seus olhos piscaram diferente.
e ele olhou em outra direção.
naquele mesmo banco,
seus olhos piscaram diferente.
e ele olhou em outra direção.
e descobriu que depois de cada outono,
sim,
o que acontecia era verão.
11.2.10
traçar com os olhos.
quando tempo vira coisa rara, a gente gosta de cada fração:
esse é o jeito mais bonito de descobrir o quanto de significado cabe no valor.
9.2.10
"o que é só caminho, o que é lugar pra morar."
resolveu construir ampulhetas e salvar agoras.
vez ou outra, trocava o lado e,
pu la va segundos.
mas quando queria p.a.r.a.r: fechava os olhos e guardava o momento.
é que o tempo, passa ligeiro e não manda lembranças.
8.2.10
minha sede é clara.
leva com ela marcas do tempo,
à prova de para sempres.
mas acontece que agora queria fazer a maquiagem de outros jeitos,
usando outros tons.
hoje, passou nos olhos pó de sim,
parou
e ficou ali,
olhando além da janela.
5.2.10
essa mania de continuar a florir.
no peito, muitos és:
esperanças, expectativas, entusiasmo,
envolvimento, energias, encantamento, euforia,
em frente,
seguido do sempre.
4.2.10
dos benefícios do tempo.
gosto do arranhar dos dedos no d e d i l h a r do violão.
gosto do porquê da junção que forma maré.
gosto de me ver refletida nos olhos teus.
gosto de ler sorrisos. e de desviar lágrimas.
gosto do sol das seis, bem alaranjado.
gosto da lua cheia, acordando meus arrepios. e da lua que sorri,
pra mim.
pra mim.
gosto de procurar a minha estrela, escolhida a dedo.
gosto do carinho do vento. das cócegas na alma.
e das borboletas no estômago.
e das borboletas no estômago.
gosto do desabrochar. do próximo instante. e do acaso.
gosto do que ficou. do que é. e do que virá.
gosto do que começa com fé. de pequenas coragens. e do verbo seguir.
gosto da dança de dentro. do ritmo das horas. e do gingado do tempo.
gosto do cheiro da lembrança. do gosto do agora. do som do amanhã.
gosto de sonhos amanhecendo e urgências dormindo.
gosto de recuperar sorrisos e descobrir ângulos.
gosto de voar por cima.
gosto do que mora nas pequenas coisas. gosto do que é
cheio de sentido.
cheio de sentido.
3.2.10
essa sensibilidade que faz mover.
não se preocupe, ana.
o caminho é l o n g o, mas cheio de novas manhãs.
a gente e s t i c a, arrisca, espreguiça
e puxa um pouco mais,
pra além da linha, da conta.
respira fundo ana, inspira.
porque é no anoitecer que repousa, em sonhos, a vontade
de tudo que se espera amanhecer.
é o novo começando,
ou recomeçando, tanto faz.
depende sempre da maneira que se abre as janelas,
que se foca os olhos.
2.2.10
1.2.10
essa visão das estrelas que me faz sonhar.
elas brotam ali, nas pontas dos dedos.
vêm de lugares segredos, lugares escolhidos, lugares prazeres, lugares indefinidamente definidos:
d e s l i z a r nas palavras é cheio de sentidos.
29.1.10
às vezes, para ultrapassar.
quem precisa de instrumentos? palavras são balas perdidas.
a ordem é se perder no barulho e sair dançando.
a batida, não para nunca.
a batida, não para nunca.
28.1.10
dirigir só pra atravessar o mundo.
a gente insiste e quer não precisar daquilo que sente. começa a guardar tanta coisa e nada ao mesmo tempo. ficar bem, minha querida, é ter que lutar com feras todososdias, o que incluí as de dentro, as mais arredias. vista suas pequenas coragens e fixe o olhar adiante: as armas estão em nossas mãos.
[te desejo uma força que não cabe imaginar
e uma fé que move.]
e uma fé que move.]
27.1.10
isso lhe dava às vezes estado de graça.
e lhe escorriam sorrisos
enquanto colocava os pensamentos em movimento:
enquanto colocava os pensamentos em movimento:
de mãos dadas eles brincavam de roda,
sem se preocupar com o tempo consumido.
sem se preocupar com o tempo consumido.
para eles, felicidade é dança simples.
basta rodar.
26.1.10
eu entro nesse barco, é só me pedir.
e seguiu a noite cantando a mesma pergunta:
"e a vida, e a vida o que é diga lá meu irmão?"
percorreu o caminho de volta atrás da resposta.
enquanto isso, se agarrou no que se é.
25.1.10
24.1.10
procure ser árvore.
entende uma coisa,
o tempo segue parado ao lado de quem aprisiona o tentar,
porque o próximo instante quem faz é o acaso.
aprende:
é na brisa que se mede a intensidade do pensar
e de mãos dadas com o deixar é que se vai além.
22.1.10
começa assim mesmo.
sabe, esthér, às vezes é preciso carregar a coragem nas mãos.
como se fosse preciso uma arte para se chegar longe.
não importa o quanto você procure em lembranças, sorrisos e olhares.
o perto, mora ao lado
e abre todos os caminhos do mundo
aos que carregam nos ombros um coração.
e abre todos os caminhos do mundo
aos que carregam nos ombros um coração.
e não tem mistério nenhum, mas não revele o segredo a ninguém.
te abraço longe,
ágatha.
21.1.10
"aonde fores vai com todo o teu coração"
transitava entre as intensidades
e levava nas mãos o verbo seguir.
e levava nas mãos o verbo seguir.
era um fazedor de sentidos.
20.1.10
o raro vem para a mesa.
o meio é mais confortável, eu sei.
mas, extremidades são combustível: é que meio, sempre vira mesmo.
19.1.10
18.1.10
15.1.10
quem costura sou eu.
abriu o que corria ali dentro, com as pontas dos dedos:
quando o ar lhe faltava nas entranhas
era porque os olhos estavam voltados para o avesso,
recuperando sorrisos.
recuperando sorrisos.
14.1.10
nunca soube me economizar.
escreveu em letras grandes no diário do que não cabe:
mas é que as coisas dizem,
mesmo quando estão caladas.
"... talvez meu lado de dentro seja um relicário..."
Jaya
Jaya
13.1.10
12.1.10
soltos pelo riso, nunca amarrados pelo grito.
a emoção não cabe na palavra:
é por isso que tem uma fresta por onde transbordar.
11.1.10
9.1.10
de desatar auroras.
fez um colar de pequenas coragens e
pra cada conta repetia:
é preciso sentir
desmedidamente as pequenas coisas.
pra cada conta repetia:
é preciso sentir
desmedidamente as pequenas coisas.
8.1.10
quase sempre.
olhe para dentro
e para fora,
olhe para sempre.
mas olhe sente.
a coisa do olhar
da coisa sente,
essa coisa:
um caminho de fogo
no pulso,
na pele.
sente.
e para fora,
olhe para sempre.
mas olhe sente.
a coisa do olhar
da coisa sente,
essa coisa:
um caminho de fogo
no pulso,
na pele.
sente.
7.1.10
"Viver é um descuido prosseguido"
me deixa contar segredos:
não há existência.
a verdade é mais complicada.
a verdade acha quem tem existência.
a verdade acha pouso.
te deixa ficar.
5.1.10
dançar com a vida.
acordei com uma frase passeando pela cabeça:
"é preciso encher o vazio de palavras"
"é preciso encher o vazio de palavras"
é que as palavras sempre florescem costuradas em cores.
4.1.10
um colar de lembranças para contar.
guardava no compartimento esquerdo
uma mala com histórias, lembranças, sorrisos, olhares.
era com ela que fazia uma espécie de pescaria do tempo:
cada vez que lançava o anzol recuperava uma nova pérola.
3.1.10
tão infinito.
da janela, soprou três vezes, ao vento, a mesma palavra começada com fé:
felicidade
fe li ci da de
f e l i c i d a d e
quem acredita sabe que é no desejo que a força mora.
1.1.10
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